quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A Imprensa e a Fofoca

Todo mundo está cercado de notícias o tempo todo. A expansão tecnológica viabiliza cada vez mais a propagação da informação ao redor do mundo. Portanto, você gostando ou não de saber das coisas que acontecem a sua volta, você será sempre obrigado a se deparar com elas, pois algum veículo de comunicação seja ele idôneo ou não, vai se encarregar de ir apurar a informação e passar para todos nós, pobres alienados.

Na verdade o papel dos divulgadores de notícias (também conhecidos como imprensa ou fofoqueiros – depende do ponto de vista) é relativamente simples: descobrir fatos que sejam de interesse público e noticiá-los da maneira mais imparcial possível. Não atribuindo a eles valor e nem emitindo opinião com relação a eles. Só descobrir e relatar. Simples assim.

Mas parece que infelizmente alguns membros dessa instituição tão nobre chamada imprensa não estão seguindo corretamente a cartilha. É prática comum no país do carnaval, alguns jornalistas (se é que se pode chamá-los assim) esquecerem um pouco da parte que diz respeito ao interesse público, e explorarem, alternativamente, temas que eles julgam “interessantes para o público”.

Assim nasce a chamada pequena imprensa (para pessoas com a cabeça pequena), que se apóia em fatos polêmicos, sensacionalistas e por vezes até forjados, não se importando nem um pouco com o conteúdo da informação e muito menos com a formação dos seus expectadores. Envergonhando e jogando por terra os princípios éticos da comunicação, que feita em seriedade, serve para informar com exatidão, formando no expectador, o processo de geração do conhecimento consciente.

A imprensa é uma instituição formadora de opinião, impulsionadora do que chamamos de cidadania. Trocando em miúdos: imprensa é coisa séria!

Sejamos expectadores sérios. Saibamos diferenciar a notícia da fofoca, a cultura útil da cultura inútil, a inteligência da banalidade. E caso você não tenha entendido absolutamente nada do que eu falei, ou não saiba diferenciar a imprensa séria da cultura inútil. Aqui temos um exemplo claríssimo do como não se deve fazer jornalismo.




Um comentário:

  1. Sempre acreditei no papel da imprensa, e foi isso que me fez escolher essa profissão, mas hoje percebo que não somos preparados para lidar com as pressões, com os problemas da profissão. Os ideais, os valores, acabam sendo substituídos pelo instinto de sobrevivência, e a informação perde seu carater de manutenção da cidadania e da coerencia do mundo, e passa a ser mercadoria.Ganha quem vende mais. Por isso, os jornais são sensacionalistas. O compromisso com a verdade e a impacialidade não exite mais, não da forma que deveria ser. Nem diploma jornalista precisa ter!!!Um absurdo!Eles formam opiniões.As pessoas confiam nos meios de comunicação. Vamos ver o que será das nossas noticias, da verdade, da importancia de tudo isso na vida das pessoas...

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